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Showing posts from September, 2006

Brilla la luna, ôô!

Clássicos programados para o fim de semana que eu não assisti: Episódios de Lost emprestados pela Fran para assistir junto com ela ~ vetado pela mãe dela que resolveu assistir também (só que em outra cidade) Trilogia das cores ~ vetado pela lição de física, que consome minha alma O Poderoso Chefão pra assistir com a Fran, uma vez que não podemos ser losers e viver sem ver esse filme, mas também fomos impedidas pelo querido professor. Uma vez derrotada pelo acaso, me dedico novamente ao Youtube, sem sucesso. Fico contente em publicar aqui, então, a bibliografia que eu aceito de presente até a prova específica de música na FUVEST ano que vem. CANDÉ, Roland. História universal da música . 2 volumes. SP: Martins fontes, 1994. GROUT, Donald e PALISCA, Claude. História da música ocidental. Lisboa, Gradiva, 1997. KIEFER, Bruno. História da música brasileira: dos primórdios ao início do século 20. 2 ed. Porto Alegre: Editora Movimento, 1977. NEVES, José Maria. Música contemporânea brasile...

Vertigem

Clarice olhou pra mim com seus olhos grandes de ressentimento, com seu nariz comprido de fúria e com seus lábios franzidos de confiança. Eu sabia, claro, que dentro dela havia a mesma Clarice, a mesma menina, a mesma Ninice que eu sempre amei, e ainda amaria, mas a crise de ciúme que se sucedeu foi fora dela, fora do mundo dela. Ninguém além dela deveria ter mais certeza de que era amada - sempre recebia flores em forma de poemas, sempre recebia de mim tudo o que eu podia dar, que era eu mesmo, que era pouco, que era muito, que era o só, o seu, o dela. Clarice tinha o que todas as outras que a olhavam queriam: ser amada. E por ser tão amada talvez ela nunca cansasse de ser amada e quisesse que aquele amor aumentasse constantemente, não suportando a idéia de que eu talvez pudesse sequer - meu Deus, que injúria - elogiar o cabelo de outra mulher. Pois elogiei. - Bonita a franja nova da Marilia. - Ééé... - Que foi Clarice, por que esse bico logo hoje, gracinha? O dia tá tão lindo, sol tão...

Clarice

O mundo então me parece mais justo. Olho pela janela e vejo as cores no céu cinza que cobre esta cidade. Clarice continua dormindo. Olho para ela com amor; todo aquele amor que eu dediquei pra ela por todos os anos de nossa vida juntos. Como pude amar tanto alguém tão pequenino como ela? Como pude encontrá-la, tão perfeita, de ar tranqüilo e límpido, no meio de uma multidão de sanguessugas do meu glamour que habitam essa cidade? Fechei os olhos com saudade, saudade de um tempo em que Clarice era só minha. Mais uma vez as cores lá fora pareciam invadir meu coração e deixar em mim o gostinho que aquelas tardes na pracinha tomando sorvete e soltando as cantadas mais baratas que eu sabia só para arrancar os mais doces e sinceros sorrisos da Clarice. Tudo girava em torno dela, nas canções que ouvia eu fechava os olhos por ela, os sorrisos que eu emitia eram todos pensando nela. E ela sorria em mim também, e eu nela, sempre os dois, se cabendo, se bastando, se completando sem mais ninguém pr...

Permita-se a normalidade

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Feliz tentativa de parecer normal. Na verdade não. Tentei e tentei por muito tempo ser o que na verdade não era. Criei então, graças a isso, dentro de mim um novo eu que era mais eu do que os outros eus jamais foram, esse eu novo foi longe, descobriu coisas de mim que eu não sabia, e lógico, nenhum dos eus sabia também. Comecei com a música. Ouvi coisas que não tinham nada a ver com o eu que eu fui e já não sou. Me interessei por verdades que antes eram mentiras e princípios que quinze minutos depois já não faziam sentido, e quinze horas depois eu me lembrava, e ria. Criei uma linha tênue entre o meu passado - que eu praticamente extingüi - e o meu futuro, e nessa linha, que alguém um dia chamou de presente, eu coloquei alguns álbuns do Oasis, outros do Radiohead, compilei músicas dos Strokes e do Suede, colei fotos dos Flies e enfeitei com a coletânea dos Beatles. Nesse presente, eu me enchi de chocolate cantando música desconhecida, enchi os outros com essas músicas tentando provar p...

Supérfluo

Nomes perfeitos para as respectivas atividades Ana Lisa - Psicanalista P. Lúcia - Fabricante de Bichinhos Pinto Souto - Fabricante de Cuecas Marcos Dias - Fabricante de Calendário Olavo Pires - Balconista de Lanchonete Décio Machado - Guarda Florestal H. Lopes - Professor de Hipismo Oscar Romeu - Dono de Concessionária Hélvio Lino - Professor de Música K. Godói - Médico especialista em hemorróidas Alberta Alceu Pinto - Garota de Programa H. Romeu Pinto - Garoto de Programa Eudes Penteado - Cabeleireiro Sara Vaz - Mãe de Santo Passos Dias Aguiar - Instrutor de Auto-escola Édson Fortes - Baterista Sara Dores da Costa - Reumatologista Jamil Jonas Costa - Urologista Iná Lemos - Pneumologista Ester Elisa - Enfermeira Ema Thomas - Traumatologista Malta Aquino Pinto - Médico especialista em doenças venéreas Inácio Filho - Obstetra Oscar A. Melo - Confeiteiro Jacinto Pinto Aquino Rego - Gaúcho Piadas sempre podem animar nossa vida.

Sentimental

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Que calor infernal! Com esse tempo insuportável fica difícil pensar em qualquer coisa que não seja se refrescar e economizar energia e calor. Por causa disso todas as pessoas se tornam mais egocêntricas, ficam passando mal, os problemas mundanos não fazem a menor diferença e ninguém liga para o real malefício dos transgênicos. Que voltem as temperaturas amenas! Gostamos de verão, uma vez que somos parte do povo brasileiro, mas oscilar entre 6 graus e 36 em um mini-intervalo de duas semanas já é pedir demais.

Eu sou parecida com ela?

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Viva! Viva! Viva!

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Um gigantesco desespero toma conta de mim: onde vou encontrar uma experiência que evidencie o fenômeno químico da ebulioscopia em dois dias e fazer um trabalho escrito? Acertou quem disse que eu não vou conseguir fazer isso. É isso aí. Mas tudo bem: ainda tenho meus vícios diários para quebrar a tênue linha da integridade. Continuo apaixonada... Ok, vamos ao famoso TOP5 músicas do McFly da semana: 5. Unsaid things 4. Help ~ Beatles cover 3. Don't know why 2. No worries 1. Too close to confort Obrigada, McFly! Quanto à minha vida útil, tirei parte do meu profile para o bem da humanidade. Tá loco, onze de setembro, além de ser um dia bem macabro e estranho, me lembra todos esses crimes que têm acontecido em São Paulo. Para a minha segurança e a de meus coleguinhas, me desfiz do meu pífio profile. Falando em São Paulo, não sei como eu ainda sou capaz de amar essa cidade. Tá certo que se tratando de locais urbanizados é um exemplo em beleza (é só ir na Av. Paulista e tentar se lembrar...

Blasfêmia

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Consegui me desvenciliar das minhas wish lists: completo hoje enormes cinco dias sem nenhuma delas. Talvez eu esteja definhando. Talvez esteja só mudando de vícios. O que me aflige é que a cada mês, ou sendo mais exata, a cada segundo eu penso que posso desejar algo ainda mais do que ja desejo: ledo engano. O consumismo me consome, e por isso vale o bordão inventado por mim e pelas grandes amigas do técnico há um tempinho: CONSUMA-SE Mas antes que eu seja totalmente consumida pela minha energia mobilizadora e consumista, trago aqui mais um TOP5. Mas que dessa vez é um TOP6. TOP6 Fotografias que me fazem refletir 6. I'm free to be whatever I choose 5. FlyyyyyYyYyYY awaaaay from here 4. Highway to heaven 3. Shake aloooooong with meeee 2. O vento sopra e leva com ele as lembranças da infância. 1. blame it on the black star Sim, fotos por Felipe Watanabe. Pense nelas como um todo dividido em partes. Esse é o Felipe.

Home is where the heart is

É muito maluco da minha parte programar todos os cartões de natal que eu vou mandar já em setembro? Não creio que seja. Veja lá: TOP5 coisas para o feriado que eu já fiz: 5. Conclusão de Don't Stop Me Now no piano 4. Localização dos imãs que tenho para fazer imãs para colocar fotos no armário da escola sem que elas sumam no mundo, conforme o que aconteceu com a foto do deus gostoso do Danny Jones 3. Organização dos meus cds em novas capinhas por gêneros 2. Catálogo de endereços dos meus amigos para cartões 1. Pastas que prometi aos amigos Continuarei progredindo.

Aprender jamais!

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Um dos defeitos do ser humano que Danny Deus Jones deixou passar foi o maldito hábito de errar, errar, errar e sempre achar que está certo. E mesmo quando admite estar errado, segue em frente para não pensar no constrangimento e ignora o erro. Por exemplo, eu sou consumista, sei que sou, reflito sobre isso, vivo a vida em função disso, assisto documentários que falam disso e mesmo assim continuo desejando coisas. Hoje são mais duas: a. Slip Verde b. Miniatura de all star ma-ra-vi-lho-sa Mas, como sabem, sou pobre e não terei nenhum deles. Apesar de saber que não leva a nada, sou consumista pra dnhsquidhgzis. Um dos maiores erros do homem é passar a vida toda correndo contra o tempo, acordando de mau humor, comendo e dormindo mal, por nada. É viver a vida toda escravo do relógio, correndo pra não perder o emprego disputado da vida social, sem nem saber pra quem.

Uma idéia e um escrúpulo

"Fui à janela indagar da noite por que razão os sonhos hão de ser assim tão tênues que se engarçam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais. A noite não me respondeu logo. Estava deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria de silêncio. Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos já não pertencem à sua jurisdição..." Incrível como eu descubro pequenos segredos magníficos quando releio alguma obra: quantos detalhes não percebi relendo Harry Potter tantas e tantas vezes, quantas palavras não perdi ao renegar a segunda leitura de Sidney Sheldon ? Releio, então, Machado de Assis . E que Dom Casmurro me faça companhia.

A little bit of Charlotte

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Braços gordinhos izás izás izás. TOP5 meses do ano 5. Dezembro Porque alguém tem que comemorar alguma coisa em alguma época do ano. 4. Agosto Ok. Fui vencida. É legal pra caramba voltar das férias. 3. Maio Quer mês mais romântico e bonitinho que esse? 2. Março Felizes aqueles que são regidos pelo signo de Áries e pelo planeta Marte. Pena que eu sou apenas semi tudo isso. 1. Outubro Mês redondinho, com 31 dias bonitinhos e que são seguidos do número 10. Ahh como eu queria fazer aniversário dia 28 de outubro... TOP5 coisas para se fazer em um domingo com chuva 5. Causar uma briga familiar pelo último pedaço de omelete do almoço; 4. Ouvir toda a discografia do Radiohead de trás pra frente; 3. Fazer bolo de chocolate e assistir dança dos famosos com a mamãe; 2. Observar as gotas de água escorrendo pela janela e ouvir o suave barulho da melancolia; 1. Assistir Lost in translation deitada no sofá com um pote de pipoca. TOPs 5 me animam muito: parece que ampliam minha perspectiva de vida. É...

Capitalismo, sir!

Ando numa fase extremamente consumista da minha vida. Me flagro dia após dia fazendo wish lists e desabafos cheios de coisas que eu quero ter, comprar e realizar, tudo beirando o mundo material. Ironia do destino ou não, eu não tenho um tostão furado no bolso, dificultando ainda a mais a realização de todos esses desejos e aumentando a minha vontade de realizá-los, uma vez que a alma humana é repleta desses paradoxos infernais de ação e reação. Por que será que eu penso em mil e uma novas coisas a cada minuto para adquirir? Quer dizer, basicamente são sempre as mesmas dez ou quinze coisinhas, que ficam, me perturbam, revolvem nos meus pensamentos e entram no meu sonho, me deixando paranóóóica, consumiiiista, capitaliiiista, maluuuca, lalala, nhé nhé nhé, etc etc, tal. Não sei o que me deixa assim. Talvez seja o excesso de felicidades pessoais (cof cof cof) que alimenta o meu ego mas me deixa carente de mimos ocupacionais; talvez seja o esgotamento físico que me faz desejar passa-tempo...